d...Emo

Hoje, dia 15/2, saiu uma matéria no jornal Zero Hora a respeito desta "onda" EMO. Da palavra 'emotion' (emoção, emotivo).

Falam nesta matéria, a respeito dos adolescentes entre 13 e 18 anos, que vestem roupas escuras, estranhas, cabelos "vaca-lambeu-pra-algum-lado", fitas, pulseiras e colares. Até aí tudo bem. Cada tem a vida que gosta de levar e terá, consequentemente, o retorno que merece desta vida.

O grande problema é quando começam a misturar culturas. Diz na matéria, que este tipo de som começou a surgir em meados de 90 devido as bandas de som hardcore, estarem escrevendo letras emotivas. Pois uma novidade para o jornalista PAULO GERMANO, que é quem assina a matéria: este tipo de letra em musicas pesadas, existe desde os tempos de Black Sabbath, Led Zeppelin, Quiet Riot, Rancid, Ramones...(e continua...).

Expresso minha revolta quando lí a respeito de Pennywise, que toca em Porto Alegre em março no Pepsi on Stage. Pennywise é uma banda de pura essência hardcore. Guitarras de riff pesado e uma marcação de bateria surpreendente. As letras são EXTREMAMENTE políticas e claro, com pitadas de sentimento, o que ocorre com TODAS as bandas que eu ja ouvi.

Punk é punk. Hardcore é hardcore. E assim por diante. Mas chamar Pennywwise, e/ou, se referir a eles como ícone ou até mesmo referencia de banda Emo, é um pecado. Inclusive, muitas dessas bandas chamadas de Emo, não gostam deste rótulo.

Confesso que eu sou uma pessoa que evita falar ou chamar alguem de Emo, pra não ajudar a espalhar esta palavra, que apenas representa o estado de espírito de algum adolescente revoltado que pensa, vez que outra, em cortar os pulsos.

Estou aqui pra ajudar a puxar o freio da cultura musical que TENTA renovar a cada ano com algum tipo de coisa nova. Há o ano do RAP, do FUNK, do PAGODE e etc... As bandas perderam valor e são, hoje em dia, recicláveis. Bandas de um CD ou dois.

Vamos aprender a ouvir o novo, mas mantendo a tradição do clássico. Do rock & roll, do punk, do verdadeiro heavy metal e hardcore. Não rotulem. Não façam como este jornalista da Zero Hora, que tem a oportunidade de se comunicar com milhares de pessoas, e fala besteira como a citação de Pennywise.

Espero que parem de relacionar este "estilo" de ser, com músicas ou tipo de música. Tem tantas coisas pra relacionar este tipo de pessoas, que rotular bandas e som acaba por estragando ou passando uma imagem que pode vir a ser fatal neste mundo reciclavel da música.

E tenho dito. Viva Bob Dylan. Pearl Jam. Mutantes. Casa das Maquinas. Gilberto Gil. Pennywise. Ramones. NOFX. Rancid. Iron Maiden. Janis Joplin. Eric Clapton. The Doors. Led Zeppelin e assim por diante.

Música de conteúdo.