Jogo das palavras

A Zero Hora, jornal de Porto Alegre, muitas vezes me surpreende. No bom sentido, mas principalmente, no oposto.

Já havia comentado, aqui no blog, sobre a polícia federal e a falta que faz a vê-la nas capas das edições dos jornais. Como dito, são um exemplo de se ver, ao contrário das manchetes que destacam os ladrões, assassinos, fugitivos, etc.


Hoje, conforme a matéria lida, a capital está em segundo lugar no ranking de carros roubados, do Brasil. Mas deve melhorar, porque na época que foi mensurado - entre 2006 e 2007 - ainda não havia este trabalho da brigada militar em relação as blits que têm ocorrido na grande Porto Alegre.

Enfim, antes de chegar ao ponto, quero salientar novamente que, um jornal de tamanha circulação como a Zero Hora, neste caso, deve ter atenção redobrada na construção das matérias e principalmente na forma que elas são escritas.

Em um trecho da matéria, sobre o roubos de veículos, diz o seguinte: "com o furto de 21,1 carros para cada grupo de mil automóveis, os bandidos gaúchos DESBANCARAM os paulistas..."

Honestamente, por que usar a palavra DESBANCAR?! Me corrijam, se estou errado, mas esta palavra me lembra: ganhar, ultrapassar, superar, vencer, etc.
Em outras palavras, eu, como bom ladrão de carro, receptor ou dono de desmanche, ao ler isso, estaria neste momento brindando um copo de cerveja com os amigos, comemorando o sucesso dos "negócios".

Pode parecer exagero da minha parte, mas são esta nuances, são estes detalhes que fazem toda a diferença. Fora estamparem o papa - que defende a fecundação de filhos de estupradores - e o futebol, a MAIORIA daz vezes, só se lê tragédia.
"Fulano mata ciclano com cinco tiros", "Silva executa família com 21 tiros", "Porto Alegre sobe para segundo lugar no ranking do roubo de automóveis", "Papagaio foge de prisão de segurança máxima", "Papagaio é solto por bom comportamento", . . .

Mas isto tudo, caros amigos, leitores e curiosos, é apenas a minha opinião.