Que horas ficou tarde para mudar? Que horas, tarde ficará, para não conseguir mais mudar?

quarta-feira, maio 2

Palavras ao vento.


Se subo ou se caio, momentos de maio me sobem a mente. Efeito semente.

Semente que brota, que sobe, que abre, se espalha num templo não grande o bastante.

Bastante é o que falta, de espaço sem portas, que em certa hora, bate e não passa.

Trancado, encolhido. Sensos, sentidos. Por onde não passa, há de quebrar.

Quebra-se, explode, não mata nem morre. Talvez o fizesse, se tudo soubesse.

Nas palavras do som, sigo andando. Não mais cantando, entretendo solidão.

Sozinho no mundo. Um brilho, relance profundo. Encontro do eu, com meu eu que está só.

Guardado e no aguardo, agora desperta, com pressa, com fome a busca da presa.

Sinergicamente, no arrasto e aos poucos, tomando o controle que um dia foi seu.

Alinhando na reta, deitando na curva, voando no raso e subindo ao fundo.

Vai regressar. Voltar. Quem um dia dormiu, há de acordar.

Bum.

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